O novo Ensino Médio chegou, hoje ele já é uma realidade isso é fato. A Lei 13.415/2017 – Lei da Reforma do Ensino Médio – é um exemplo de política pública educacional para a Educação Básica, sendo válida para todo o       país, decerto sua aplicação ocasionará uma mudança metodológica estratégica é um desafio que irá impactar alunos, professores, coordenadores e gestores nas redes públicas e privadas. É evidente que o objetivo será melhorar a qualidade da educação bem como, modificar o Ensino Médio para um modelo menos engessado na construção de um currículo mais flexível e terá como consequência atualizar as diretrizes educacionais (DCNs), que são normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, elas são discutidas concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).    
 
     Inquestionavelmente, será necessária uma adaptação, o Novo Ensino Médio deverá ser implantado de forma progressiva, este ano, apenas para alunos matriculados na 1ª série. Em 2023 as mudanças serão para os dois anos iniciais e em 2024 completa o ciclo com as três séries.  Atualmente, o Ensino Médio representa um gargalo na garantia do direito à educação, visto que   é nele que está o grave problema do abandono e evasão escolar na faixa etária entre 15 e 17 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios              Continua-PNAD (IBGE). Nesse contexto, o foco está na juventude, no protagonismo do aluno e no mundo do trabalho, preparando um jovem crítico e autônomo para viver e tomar decisões em sociedade, o intuito será de reverter esse quando clínico, que irá ter consequências sérias em todo   o tecido social. Segundo o artigo 35-Aparágrafo 7º da LDB "os currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais".
 
          Assim sendo,  a proposta do Novo Ensino Médio é de aumentar a carga horária,  a  L D B determinava que antes de sua implementação  eram  800 horas obrigatórias  mínimas    anuais  perfazendo  um total de 2400  horas  no Ensino Médio, agora  serão  o mínimo de  1000  horas  por   ano ou seja, 3000 mil horas  mínimas  ao término do Ensino Médio, essas três mil  horas   não  são distribuídas  para  todos os componentes  curriculares, nesse  contexto   1800  horas são  da BNCC, a Base Nacional Comum Curricular, que já foi  publicada e  veio por área  de conhecimento,  todos  os alunos terão que estudá-la  compõe a Formação Geral Básica,  que inclui as disciplinas já conhecidas pelos alunos, não importando   ao término   do Ensino Médio  que  profissão  o aluno   pretenderá exercer,  isso acontece  porque  todo mundo terá que passar pela escola  e   desenvolver competências essenciais mínimas, como leitura, escrita , saber somar, se posicionar, argumentar  ou criticar.
 
     Há os Itinerários Formativos, são 1200 horas que complementam 3000 horas, representam a parte flexível da matriz curricular do Novo Ensino Médio, ou seja, um conjunto de disciplinas, projetos e oficinas que os estudantes poderão escolher de acordo com seus interesses, aptidões e projetos de vida voltados para o mundo   contemporâneo. O novo currículo do Ensino Médio contempla habilidades e competências que estão   relacionadas às 04 áreas do conhecimento. São elas: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Matemáticas e suas Tecnologias, as principais mudanças do Novo Ensino Médio são o aumento da carga horária dos estudantes, e a adoção de uma Base Nacional Comum Curricular e a escolha dos Itinerários Formativos por parte do aluno.
 
      Em suma sendo mais específico   poderá haver algum questionamento onde estão a sociologia, filosofia, história e geografia? Em uma das quatro áreas do conhecimento Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, enquanto a física, química, e a biologia elas compõem às Ciências da Natureza e suas Tecnologias, artes, inglês, espanhol, educação física e língua portuguesa estão inseridas nas Linguagens e suas Tecnologias, o aluno estudará matemática e suas tecnologias tendo como foco a construção de uma visão integrada da matemática, aplicada à realidade, certamente há um direcionamento para uma integração   curricular. A ênfase do Novo Ensino Médio será o desenvolvimento integral, por meio de metodologias que façam o estudante estar no centro da aprendizagem.


Por professor Marcelo Oliveira, vice-presidente do SISMUC - Regional.


 

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